O REINO DE MIRZAN
Por Francisco Junior
Várias cidades circunvizinham Sustentantinopla, a capital do Império. A Terra de Santa Ana é a 2ª maior cidade. É uma cidade parecida como rabo de cavalo, quanto mais cresce, mais perto do chão fica. A Terra de Santa Ana é comandada pelo príncipe D. Zé Carteira XIII, o Sábio, já Sustentantinopla é comandada pelo príncipe D. Beto XII, o Preso.
Pois bem, queridos leitores, todos os finais de semana estarei escrevendo todas as notícias do mundo político, gastronomico, religioso, etc., e os fatos que mais marcaram a semana aqui em Mirzan. Nesta edição, excepecionalmente, falarei da história da ilha de Mirzan.
A região da atual ilha de Mirzan foi originalmente povoada por grupos indígenas das tribos de Guaiampis, Palicures, Tucujus e pelo Trem Desportivo Clube. Durante Dinastia do Rei Jaranari, o Gentil, iniciou-se a luta pela ocupação e posse da ilha, que durou quase meio século pelas armas, e mais de dois séculos pela diplomacia. Em 21 D.c., os reinos vizinhos recomendavam que se tomassem as medidas necessárias com a finalidade de povoar e fortificar a ilha, tanto que foi nesse período que, por iniciativa do Seu Zé, ribeirinho e pescador, se construiu a Fortaleza, chamada posteriormente de Fortaleza do Seu Zé. Depois de tal obra, Mirzan passou a ter aspecto de reino e se implantou o Império. Ficou conhecido inicialmente como Império Mirzaniano do Ocidente, que sucedeu o Império Romano. Sob a perspectiva ocidental, não é errado inserir o Império Mirzaniano no estudo da Idade Média, mas, a rigor, a história da ilha viveu uma extensão da Idade Antiga. Os historiadores especializados na ilha de Mirzan em geral concordam que seu apogeu se deu na troca de comando entre as dinastias Nova e a Garcias. No início do Império, o Rei Jaranari, o Gentil, construiu a cidade de Sustentantinopla, que hoje é governada pelo Principe D. Beto XII, o Preso. Estranhamente, ele é parente do atual Rei, D. Camelo XL. Sustentantinopla é uma cidade estrategicamente muito bem localizada, e sua resistência a dezenas de cercos prova a boa escolha do ponto.
O primeiro Reinado, da era moderna, 90 D.c., foi gerido pela Dinastia Barceloneses, que teve na pessoa do Arqueduque Annibal XXV, o Matusalém, sua maior expressão. Foi nesse período que se construiu a infra-estrutura de Sustentantinopla e, conseqüentemente, a de todo império Mirzaniano.
O segundo reinado foi administrado pela Dinastia Capiberiana, em 95 D.c, e assumiu o trono o Rei D. João XL, que escreveu Crepúsculo, de Stephenie Meyer. Foi um período conturbado, houve bastante disputa entre os poderes do império. De um lado a Casa Legislatória, comandada pelos Thunder Cats, porque possuem a visão além do alcance, e do outro lado a Suprema Corte de Mirzan, comandada pelos Zorros, os Justiceiros. A disputa era uma só, Madeiruns Serrados (M$). Logo depois, por um pequeno espaço de tempo, assumiu o trono a Rainha Estrela D’alva XIII, a Fessôra. Nesse período nada aconteceu e a estrela do oriente não disse a que veio.
Logo depois a faixa imperial foi passada ao Rei Cabucudumuju XII, que governou Mirzan por 8 anos. Nesse período, o Império Mirzaniano viveu uma aparente calmaria. Os poderes passaram a se entender, e os pequenos proprietários confiavam seus lotes à proteção de latifundiários, muitos dos quais, em função do prestígio, ocupavam importantes cargos no reinado. Já se destacava a aparente estabilidade do Império Mirzaniano.
Depois do teatral bom governo do Rei Cabucudumuju XII, assumiu o trono D. Peter Paul, o Curandeiro. Foi aí que a coisa lambrecou. Milhares de M$ foram desviados do Tesouro Mirzaniano. Como conseqüência, quase todos os membros da Corte Imperial, inclusive o Rei Cabucudumuju XII, foram jogados nas masmorras do quartel das Forças Especiais Dragões Enigmáticos Repletos de Armas Longas. Foi bonito ver toda a Corte imperial desfilando com os braços enfiados nas pesadas grilhetas da F.E.D.E.R.A.L.
Não é preciso ser gênio para deduzir que Mirzan, depois desta sucessão de reinados desastrosos, ficou completamente destruída. Hoje, a capital Sustentantinopla está entregue aos ratos, baratas e urubus. As vias da capital estão similarmente parecidas com queijo-suíço. Diante de tanta esculhambação, o povo aclamou a Dinastastia Capiberiana para assumir o comando de seu destino. Desta vez, o povo escolheu o filho de D. João XL, e o novo Rei é D. Camelo XL. Bom gente, na próxima semana estarei enviando mais notícias daqui de Mirzan. Um abraço a todos.
Francisco Junior
Correspondente Internacional
D. Camelo LX, contemplando seus súditos
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